Impactos econômicos de estresses na produção de soja da safra 2015/16

Por M. H. Hirakuri

A soja se tornou a principal cultura do agronegócio nacional, apoiada em programas de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e transferência de tecnologia (TT), que permitiram a geração e difusão de um conjunto de tecnologias e conhecimentos fundamentais para que as lavouras dos sojicultores brasileiros possam atingir elevadas produtividades.

A disponibilidade de tecnologias e conhecimentos, a cadeia produtiva bem estruturada e um mercado sólido foram imprescindíveis para a contínua expansão da soja nas últimas décadas. No último decênio, a área do grão cresceu gradativamente em todas as regiões brasileiras, de tal forma que a cultura ultrapassou o patamar de 33,2 milhões de hectares plantados no país, na safra 2015/16. Os prognósticos iniciais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, mesmo conservadores, apontam que a área de soja no Brasil deve alcançar 33,7 milhões de hectares na safra 2016/17. Com isso, o Brasil deverá ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o país com maior área mundial do grão.

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Impactos econômicos de estresses bióticos e abióticos na produção de soja

Por M. H. Hirakuri

A soja alcançou o topo do agronegócio nacional, apoiada em programas de desenvolvimento de pesquisa, que permitiram a geração de um conjunto de tecnologias e conhecimentos fundamentais para a obtenção de elevados índices de produtividade. Em meio a esse contexto de inovação, o país assumiu a posição de segundo produtor mundial do grão e deve ultrapassar os Estados Unidos em um futuro próximo. Considerando as últimas cinco safras, a produção nacional de soja cresceu aproximadamente 17 milhões de toneladas. As regiões Centro-Oeste e Sul foram os principais responsáveis por esse avanço, com aumento de safra superior a 13,5 milhões de toneladas, respondendo por quase 80% do crescimento apresentado pelo país.

Os estresses bióticos estão se tornando cada vez mais impactantes na prática produtiva, ganhando respaldo em várias práticas de manejo inadequadas, como a baixa diversificação de espécies cultivadas, a nutrição desequilibrada das plantas, a mobilização excessiva do solo e o cultivo em Sistema Plantio Direto com pouca palha, as quais, muitas vezes não estão baseadas em critérios técnicos adequados e se transforma em um facilitador para a evolução de pragas e doenças em seus cultivos, dentre os quais a soja.

O fator climático representa o fator mais impactante na agricultura mundial. Especificamente para a soja nacional, o estresse hídrico e a temperatura surgiram como os fatores de maior impacto na safra 2013/14. A seca foi o fator mais negativo para o cultivo de soja no Brasil e, em alguns estados produtores, esteve acompanhada de altas temperaturas, levando a perdas produtivas elevadas como ocorrido no estado do Paraná, que teve a maior perda econômica estimada para a referida safra. Não obstante o fato de a estiagem representar o tipo de estresse hídrico mais impactante nas plantas de soja, o excesso de chuvas também tem gerado perdas econômicas significativas, como aconteceu no estado do Mato Grosso.

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Impacto da Estiagem na Produção de Soja no Estado do Paraná, Safra 2008/09

Por M. H. Hirakuri

A safra atual, 2008/09, na América do Sul, foi marcada por uma estiagem que atingiu Argentina, Uruguai, Paraguai e Região Sul do Brasil em novembro e dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Os principais efeitos causados pela seca foram a queda da produtividade e a forte especulação de mercado. Nesse contexto, a análise de custos e receitas da cultura da soja surge como importante ferramenta para gestão da atividade produtora do grão. Este estudo teve por objetivo avaliar os impactos econômicos da estiagem no cultivo de soja, safra 2008/09, no Estado do Paraná, sob o Sistema de Plantio Direto. No estudo foram utilizadas duas microrregiões que demonstram a disparidade entre as perdas por seca, ocorridas nas diferentes regiões paranaenses produtoras da oleaginosa. A produção de soja na região que abrange os municípios de Marialva e Sarandi teve grande queda na produtividade, a qual foi responsável por um forte impacto negativo na renda do produtor local. Por outro lado, a queda estimada de produtividade para a região que abrange os municípios de Andirá e Bandeirantes é bem menor, possibilitando que o cultivo da soja, na safra 2008/09, seja uma atividade econômica viável nessa região. Os resultados mostram que a estiagem gerou grandes discrepâncias na renda dos produtores de soja do Estado do Paraná.

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Estimativas de Perdas Econômicas

A primeira parte da análise está relacionada as perdas acontecidas em anos de estiagem. Ela mostra a produção esperada para condições climáticas favoráveis, a produção realmente obtida e, a partir dessas duas variáveis, a produção perdida em volume e percentualmente. Depois, utiliza-se uma referência de preço no momento da colheita (R$/saca transformada para R$/tonelada) para as estimativas de perdas econômicas decorrentes de quebra de produção em anos de estiagem.

2004/05
Produção (1.000 t) Preço de venda (março 2005) Perdas
Esperada Obtida Perdida Perdas - % R$/saca R$/tonelada R$
12.586,40 9.552,70 3.033,70 24,10 31,76 529,33 1.605.838.533,00

 

2005/06
Produção (1.000 t) Preço de venda (março 2006) Perdas
Esperada Obtida Perdida Perdas - % R$/saca R$/tonelada R$
11.751,70 9.378,60 2.373,10 20,19 23,69 394,83 936.978.983,00